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Vamos semear boas sementes para nossas vidas?

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Por Maria Celia de Abreu (*)

A vida é uma grande aventura. Cheia de desafios e de surpresas. Com momentos de felicidade e outros de dificuldade. Cabe a quem percorre o caminho da vida semear boas probabilidades para seu próprio futuro, bem como prestar mais atenção às coisas boas do que às complicadas. Vivemos num mundo violento, desigual, injusto. Mas dentro dele podemos buscar ilhas de harmonia, de calor humano, de procedimentos éticos. Contamos com a sorte, mas também com nossos esforços, nossa batalha, persistência e com um não ceder a concessões baratas.

Não há receitas prontas para viver e envelhecer bem. O que é bom para um pode não ser bom para outro! Acho que a pessoa deve ser coerente com valores éticos, ser capaz de prestar atenção no outro e trabalhar duro pelos seus projetos e sonhos. O mais importante, parafraseando o psicanalista Viktor Frankl, não é descobrir o que você quer da vida, mas aquilo que a vida quer de você. Na maturidade é mais fácil, o velho se conhece bem, sabe do seu potencial e pode buscar alternativas inclusive para retribuir à sociedade o que recebeu.

Uma das necessidades principais do ser humano é a de pertencer. Pertencer a uma família, a um país, a uma empresa ou profissão, a um clube, a um partido político… É por esse caminho que uma pessoa se reconhece, que se sente com uma determinada identidade. O idoso que encontra um espaço que lhe agrada e se sente pertencendo a ele tem uma boa vantagem para a sua qualidade de vida. Outra necessidade humana fundamental é a de conviver com outras pessoas. Pertencer e conviver, sentir-se útil, trocar afetos com familiares e amigos, aprender, confirmar a própria identidade, abrir novas áreas na vida, favorecem a saúde emocional e física de qualquer pessoa, incluindo-se a do idoso. Conserve seus amigos, busque novos amigos, convide pessoas para sair, para frequentar a sua casa e aceite convites também. O preço de quem não consegue isso é o amargo sentimento de solidão. Vale a pena investir em bons relacionamentos, eles influem muito na nossa saúde física e mental.

(*) Maria Celia de Abreu é psicóloga, coordenadora do Ideac e autora de “Velhice, uma nova paisagem”

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