Através da última pesquisa divulgada em 2017 pelo Ministério da Saúde, ficamos sabendo que cerca de 30 pessoas tiram a própria vida no Brasil todos os dias. O suicídio é a quarta causa de morte entre jovens, mas entre os idosos os números também são preocupantes. A taxa de suicídio é maior em idosos com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foram registradas em média 8,9 suicídios por 100 mil pessoas nos últimos seis anos. A média nacional é 5,5 suicídios por 100 mil pessoas. Os números também são preocupantes em outros países. Em Quebec, no Canadá, num simpósio sobre o suicídio de idosos realizado pela Associação de Aposentados de Instituições Públicas e Paraestatais (AQRP) foi revelada uma triste realidade: de acordo com dados do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSPQ), o grupo etário com 65 anos e mais é o segundo que apresenta maior índice de suicídios entre os idosos. Em 2008, 137 pessoas com 65 anos de idade morreram por suicídio no Quebec. Entre as razões para essa alta incidência de suicídios entre os idosos, estão a solidão, o perceber-se socialmente inútil, a depressão, o abandono, o surgimento de uma doença sem perspectiva de cura ou apontando para uma prolongada e crescente dependência, a penúria financeira etc.
Em uma organização social que professe valores humanistas, em detrimento da competição e do lucro sem limites, que reconheça o valor do velho, e que o ampare, respeite seus direitos e se recuse a aceitar preconceitos contra o idoso, esse índice será, sem dúvida, sensivelmente rebaixado.