IDEAC Instituto para o Desenvolvimento Educacional, Artístico e Científico


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É muito difícil para uma pessoa ou sua família tomar a decisão de morar em um residencial no envelhecer. “Mudando de endereço: como escolher um residencial geriátrico”, da assistente social Michelle Bertóglio Clos, é uma obra que trata do assunto com seriedade, leveza e muita objetividade.

A psicóloga Maria Celia de Abreu, coordenadora do Ideac e autora do livro “Velhice, uma nova paisagem”, se encantou com a publicação: “É um livro precioso, bem apresentado, claro, verdadeiro e corajoso. Só poderia ter sido escrito por uma profissional com sólido conhecimento teórico, anos de vivência e muita reflexão sobre o tema”.

A coordenadora do Ideac diz que desconhece outro livro que se dirija ao pretendente a uma Instituição de Longa Permanência para Idoso (ILPI) de modo tão direto e completo, esclarecendo todos os pontos que costumam causar indagações e angústias.

O livro traz um passo a passo sobre questões como localização, infraestrutura, rotinas e valores como itens fundamentais durante a pesquisa por opções de residência, além de histórias de pessoas idosas, profissionais e familiares com o objetivo de auxiliar na compreensão de que ir para um residencial geriátrico pode ser apenas uma troca de endereço.

Michelle Bertóglio Clos tem especialização em psicopedagogia institucional, mestrado em Educação pela UFRGS e doutorado em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS. É fundadora e diretora técnica da Senescentis – Longevidade e Qualidade de vida. Também é professora universitária, e desenvolve pesquisas e atividades em instituições de longa permanência para idosos desde 2005, a maior parte relacionadas ao processo de adaptação de idosos a estes ambientes e aos cuidados em fim de vida.

Versão impressa pode ser adquirida pelo site www.senescentis.com.br


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As transformações que a longevidade trouxe para a sexualidade foi um dos temas de destaques do primeiro dia do XXI Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado no Rio de Janeiro. Segundo dados apresentados, 76% das pessoas entre 65 e 80 anos acham que sexo é importante na maturidade, mas esse novo velho está envelhecendo com uma sexualidade preservada e convivendo com muitas mudanças. Muitos estão envolvidos com redes sociais procurando parceiros, 62% conversam com profissionais de saúde sobre o tema, 35% falam com seus parceiros sobre sexo e 17% evitam o assunto. Esses foram alguns dados apresentados na mesa sobre Sexualidade – Afetos e envelhecimento: o amor e o sexo no curso da vida, com a psicóloga Valmari Cristina Aranha, e Sexualidade e doenças crônicas, com a geriatra Aline Saraiva da Silva Correia.

As especialistas explicaram inicialmente que como a velhice é heterogênea, a sexualidade também é. O novo velho é um jovem que envelheceu e mantém suas características, que dependem também de questões culturais e religiosas, da identidade e da história de vida.

O papel da família é fundamental nesse processo para aceitar que os idosos mantenham uma vida sexual ativa, principalmente as mulheres, que mostram mais dificuldades para falar sobre o tema e assumir seus desejos. Muitos velhos com a passagem do tempo descobrem novas possibilidades, resgatam desejos e conseguem viver com mais liberdade e sem os antigos estereótipos. Mas cada pessoa é diferente da outra. “Não é obrigatório ter sexo na maturidade, é bom ter alguém se fizer sentido para a pessoa”, diz Valmari.

A especialista aconselha que os idosos percebam as mudanças ocorridas no seu corpo e no seu desejo para que possam fazer adaptações para deixar a vida sexual na velhice mais satisfatória e com novas opções. Ela sugere, por exemplo, manter a atmosfera romântica entre o casal, trocar muitos carinhos, olhares, beijos, conversar bastante e aproveitar o autoconhecimento que vem com a idade, que permite fazer escolhas mais coerentes. O prazer não acontece somente com a penetração, há outras formas. “Falar sobre os desejos é uma forma de naturalizar a sexualidade”, afirma.

Um fator que costuma prejudicar muito a vida sexual é a depressão, que também ronda a vida dos idosos. Estudos indicam que de 40 a 50% das pessoas com depressão na maturidade relatam perda da libido ou algum outro tipo de disfunção.

As especialistas aconselham que os médicos façam perguntas sobre a vida sexual com muita naturalidade para os pacientes idosos, sempre em linguagem acessível, comentem sobre doenças como DSTs e Aids e a importância da prevenção e nunca infantilizem os pacientes para não parecer que o tema é superficial. “Se o médico não se sentir confortável em abordar diretamente o paciente sobre o assunto, certamente esse paciente também não se sentirá para esclarecer dúvidas com ele”, comenta Aline.


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conversar

Você pode muito bem chegar na maturidade e ser querido e respeitado. A psicóloga Maria Celia de Abreu coordenadora do Ideac, dá algumas dicas preciosas:

1. Quando os ouvintes terminam suas ideias favoritas por você, ou dizem que já conhecem aquela história, é tempo de se esforçar para não mais se repetir.

2. Vá em busca de novas ideias para os mesmos temas. Escreva suas histórias de vida prediletas, mas não mais as introduza em suas conversas; em vez disso, introduza histórias que você vai buscar, por exemplo, em biografias de pessoas famosas. É enfadonho ser ouvinte de fatos que já se ouviu; não dá vontade de conversar com essa pessoa… Um conversador sedutor tem a sabedoria de não se repetir em suas conversas.

3. Não fique descrevendo em detalhes as condições fisiológicas de cada um de seus órgãos. Nada demais em contar rapidamente suas condições de saúde, mas detalhes são enfadonhos e o ouvinte não tem nada a fazer com eles. A não ser que seja o médico… ou a pessoa que deve tomar providências sobre sua saúde. Mesmo que o outro faça ar de interessado, pense três vezes se aquele relato sobre doenças, operações, remédios, tratamentos é de verdade interessante… para o outro (porque sabemos que para você é, e muito); se é um tema sedutor. Substitua-o rapidamente por comentários sobre as últimas notícias internacionais.

4. Não faça cobranças. Não cobre presença. Não cobre afeto. Se você encontra uma pessoa e a entope de censuras (porque não apareceu, porque não telefonou, porque não se importa comigo, etc.) é bem provável que você esteja sendo uma companhia desagradável e irritante. Admita que se a pessoa não apareceu, ela deve ter tido motivos. Respeite-os! Porém, faça o possível e o impossível para oferecer – em vez de exigir – situações agradáveis, que façam a pessoa ter vontade de estar de novo com você. Seduza-a!


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O homem é um ser em permanente construção e a idade não deve ser uma limitação para interromper esse processo. Nesse artigo, o psicólogo Waldir Biscaro mostra que o idoso pode estabelecer para si algumas metas que ele entenda como essenciais em sua vida. Mas não apenas o idoso precisa acreditar que tem um potencial ainda a ser desenvolvido. É necessário que pessoas ao seu entorno também acreditem e estimulem essa crença. Esse e muitos outros artigos, vídeos e depoimentos você encontra em nosso site http://www.ideac.com.br.

Assunto encerrado

Toda vez que penso em sugerir a pessoas mais idosas que reflitam sobre as possibilidades de se prosseguir em seu desenvolvimento pessoal e de não pararem de investir em si mesmas em vista de sua plena realização, acabo me perguntando: Tem cabimento, a essa altura do campeonato, falar em prosseguir, em continuar a investir, quando tudo já deveria estar concluído?

Para se responder a essa indagação, temos de apelar para a crença de que há vida após a maturidade cronológica, há potencial humano a ser desenvolvido e há ainda em nós espaços a serem preenchidos.

Então tem todo cabimento falar-se em continuidade. O homem é um ser incompleto ou, melhor, um ser em permanente construção e, enquanto for vivo, compete-lhe completar o que foi iniciado lá em sua infância. Se fosse anjo ou se fosse pedra ele estaria dispensado de se preocupar com essa busca de completação. Como ser pensante, dotado de arbítrio e consciente de sua situação no mundo, ele pode e deve construir seu pleno desenvolvimento ou chegar o mais próximo possível dessa plenitude.

Desenvolvimento pleno é o objetivo e mesmo que tal objetivo não seja atingido, cabe a cada ser humano definir metas intermediárias que o aproximarão da tal plenitude. As metas funcionam como etapas de aproximação.

E de que metas estamos falando?

Em princípio poderiam ser metas de qualquer natureza, pois elas dependem dos valores que cada um assume para si – metas de bem-estar, metas de realização artística, metas de realização profissional –todas de muito significado. Hoje, porém, gostaríamos de falar de metas de aprimoramento emocional, tema que caberia a todos os membros dessa imensa confraria dos veteranos.

Aprimoramento emocional?

Quando se fala em aprimoramento, não se parte do zero. Parte-se do ponto em que se está e isso não é tão pavoroso assim. Sabemos de idosos que tomaram consciência de que suas capacidades ainda estavam intactas e que, agora, tais capacidades poderiam ser potencializadas por toques de sabedoria. Tais casos são vistos como exceção quando, na realidade, eles deveriam ser mais generalizados. E nem é necessário apelar para grandes nomes para se demonstrar a viabilidade de continuidade de desenvolvimento emocional e de aperfeiçoamento humano após os sessenta, setenta, oitenta, noventa ou mais anos.

Na maioria das vezes o impedimento para que ocorra esse desdobramento do potencial de tais pessoas está entre os que as rodeiam. É que esses se guiam por pressupostos que estabelecem o encerramento da capacidade do idoso de seguir em frente. O pior de tudo é que o idoso, por acomodação ou por se sentir frágil para reagir, acaba cedendo a tais limitações, cumprindo um script que lhe é imposto de fora.

Por aí, percebe-se que não apenas o idoso precisa acreditar que tem um potencial ainda a ser desenvolvido. É necessário que pessoas ao seu entorno também acreditem e estimulem essa crença.

Com os recursos de que se dispõem, nos últimos anos, o idoso de hoje é mais saudável, pelo menos do ponto de vista físico. Agora está na hora de se cuidar com mais atenção da continuidade de seu crescimento emocional. Crescimento emocional é algo maior do que entretenimento, é maior do que ocupação e maior que convivência com seus iguais. Não que tudo isso não seja importante, mas tudo isso é apenas o básico. Queremos uma proposta que signifique realmente um avanço.

É claro que estamos falando em mudança e por onde se inicia um processo de mudança de comportamento humano?

Se seguirmos um roteiro racional, lógico, como modelo básico e adaptável à maioria das situações, diríamos que toda mudança de conduta tem sua raiz na forma de pensar e, muito mais, na forma de se pensar, ou seja, na forma como a pessoa se julga a si mesma. Tudo começa então com uma tomada de consciência.

Essa tomada de consciência consiste em um esforço de autoavaliação, quando o indivíduo faz uma espécie de balanço de sua vida, destaca pontos positivos e negativos e aprofunda com isso seu autoconhecimento. Sem essa tomada de consciência fica muito difícil estabelecer metas de correção e de avanço.

A partir desse balanço, a pessoa passa a ter as condições para definir os rumos a serem tomados na construção de uma nova etapa de vida. Trata-se, pois, de um ato de vontade em que o indivíduo resolve investir em mudanças de valores, em mudanças de atitudes perante a vida. Isso significa, também, dar continuidade ao processo de auto-realização que, para muitos, já era considerado um capítulo encerrado lá atrás, na meia idade.

Enquanto se é vivo, o homem não tem o direito de estacionar. Pode sim se alegrar, pode se orgulhar do que realizou e tudo isso deve servir de combustível para novos avanços em novas direções, nunca para se acomodar.

Fixar metas

Apenas como exercício mental, vamos destacar algumas metas que poderiam ser explicitadas e que caberiam a um número maior de idosos. O que vem a seguir não deve ser entendido como receituário. São simplesmente indicadores de maturidade emocional adequados à situação da pessoa que vive essa fase de desenvolvimento.

O conhecimento desses indicadores ajuda em um processo de autoavaliação e de reflexão e permite a fixação de algumas metas de crescimento ou de correção:

– Interesse pelo próprio desenvolvimento – A pessoa precisa fazer um ato de fé em si mesma, sabendo que nada acontece se ela não se movimentar em direção à sua maior realização.

– Respeito ao corpo – Não ser mais jovem não quer dizer rejeição ao próprio corpo. Dedicar ao corpo mais atenção do que na fase anterior. Até um tanto de vaidade será perfeitamente aceito e recomendado. O desleixo jamais será tolerado.

– Bom humor e capacidade de brincar – Esse é um dos sinais mais claros de sanidade mental, pois essa atitude representa maior abertura perante a vida e desprendimento ante a transitoriedade das coisas. Mais ainda, ela capacita o idoso a rir de suas próprias limitações, sem que se sinta constrangido.

– Busca de novos interesses – Ao invés de reduzir sua visão de mundo o idoso vai descobrir novos temas pelos quais se dedicar. Pelo fato de não estar mais amarrado a compromissos profissionais formais, ele pode eleger interesses com muito mais liberdade e sem preocupação com status.

– Pensamento anárquico – Pode parecer heresia, mas trata-se de uma estratégia pessoal para escapar do modo geral de se pensar o mundo. Começa-se com uma forma de dúvida metódica.

– Sentimento de ser necessário – Sentir-se útil já é alguma coisa, agora é preciso encontrar uma forma de se fazer necessário. Aqui é que o idoso vai usar de toda sua criatividade para perceber junto a quem ou em que situação poderá “exercer” um papel de ser necessário.

– Renovação e ampliação dos relacionamentos – A perda dos velhos companheiros é fato inelutável. A única providência a ser tomada é a busca de novos contatos junto às gerações abaixo. Para que a aproximação se dê sem atritos a saída é demonstrar interesse pelos assuntos dos mais jovens.

Para finalizar. Os indicadores acima são apenas alguns exemplos de como o idoso pode estabelecer para si algumas metas que ele entenda como essenciais em sua vida.


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Integrante do grupo de reflexões do IDEAC, Lucy de Araújo é uma pessoa iluminada. Os 74 anos da certidão de nascimento não combinam com essa mulher animada, alegre, de bem com a vida e sempre interessada em aprender e a ajudar as pessoas. Quando Lucy dá aquele seu enorme sorriso, ela não tem idade. Taurina com ascendente em libra, ela mesmo com medo não foge dos desafios. Há 20 anos criou e continua à frente da Oficina de Artes Adelaide de Araújo, da Associação Brasil Parkinson. Seu interesse pelas artes visuais veio pouco antes da aposentadoria no banco. A pintura surgiu como ferramenta para quebrar padrões.

Com o professor Dalton de Luca ela inaugurou uma nova fase na vida até então toda certinha e dentro dos trilhos. Após tantos anos cumprindo ordens, usando roupas formais e respeitando a hierarquia, as aulas, ao contrário, instigavam e exigiam justamente o oposto, conforme ela conta: “O professor pedia desenho cego e eu desenhava sem olhar para o que estava fazendo, era a falta de controle total. Aquilo me fez um bem enorme. O grupo era muito solto, arquitetos, médicos, fotógrafos, jornalistas, gente com ideias diferentes”. Foi o primeiro passo para uma grande mudança.

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Perto da aposentadoria, com o medo de ficar sem ocupação ou sofrer depressão, ela resolveu procurar um grupo de terapia, mas depois de algum tempo saiu porque achou que estava ficando muito repetitivo. Então, a amiga e fisioterapeuta Maura indicou um grupo específico para tratar do tema, orientado pela psicóloga Maria Celia de Abreu, coordenadora do IDEAC. Foram oito sessões e ela adorou o resultado. Melhor ainda, ela e Maria Celia são amigas até hoje e continuam no IDEAC. Quando a mãe começou com os sintomas de Parkinson, Lucy resolveu ensinar pintura para ela e a resposta foi muito boa. Batalhando por um remédio para a mãe que não encontrava nas farmácias, ela conheceu a Associação Brasil Parkinson e seu presidente, o doutor Samuel Grossmann. Percebendo a seriedade de Lucy e os resultados do seu trabalho com a mãe, ele fez o convite para que ela criasse a oficina de arte para os pacientes da associação, em 1995.  Quando começou, eram apenas cinco pacientes nas aulas de pintura, incluindo a mãe. Aos poucos, foram chegando novos alunos e novos voluntários. “Quando eu vi que estava dando certo, levei um susto, foi ficando muito sério e eu estava sozinha e não me sentia preparada. Fui estudar mais, me inscrevi em outros cursos para ensinar melhor”. A mãe faleceu em 2012, e a oficina recebeu o seu nome em retribuição ao trabalho desenvolvido por Lucy, e que continua até hoje.

Quando o jornal do bairro do Ipiranga ficou sabendo da oficina, mandou uma equipe fazer matéria, a TV Record também divulgou e o público aumentou ainda mais. Foram contratadas fisioterapeutas e fonoaudiólogas e até montaram um coral. Para comemorar os dez anos da oficina, Lucy foi aprender a pintar em mosaico e fez um belo painel com os alunos, exposto no dia da festa de comemoração. “Acho que Deus me abençoou e me ajudou muito nesta tarefa. Nossa oficina virou cartão de visita da Associação e recebemos muita ajuda dos laboratórios. Nos 15 anos fiz um outro painel com os pacientes, misturando porcelanas antigas e cerâmica, ficou lindo”.

A oficina traz muitos benefícios para os pacientes, como a convivência com pessoas com o mesmo problema, dá mais segurança e sociabilidade nas atividades internas e externas. Foi a primeira associação de Parkinson a fazer este trabalho e serviu de exemplo para outras. “Poder sair de casa e ter atividades é um benefício para esses pacientes. A fisioterapia é um apoio para incentivar o movimento que vai paralisando. O coral ajuda para que esses pacientes não percam a voz, porque o Parkinson vai tirando a habilidade de falar. Com a pintura, eles vão treinando os movimentos e, mesmo tremendo, vão fazendo batidinho, são exemplos de que a arte não tem limite. A maioria nunca pintou e aos poucos eles mudaram a visão de que pintura era só aquela acadêmica, com paisagens e flores. Eu vou mostrando que o abstrato pode ser lindo, levo para ver exposições, trago obras de artistas famosos e eles vão aprendendo a gostar do próprio trabalho. Uma vez, eles pintaram lenços que foram entregues pela Roche como presente de final de ano para os médicos, todos adoraram”. Para outubro desse ano, quando a oficina completar 20 anos, Lucy já está começando a pensar nas comemorações. Diz que não sabe até quando vai continuar e que gostaria muito de fazer uma sucessora, mas se depender de toda energia, generosidade, bom humor e carinho certamente vai ser ainda por um bom tempo. Enquanto isso segue sorrindo e dançando pela vida.


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caminhos

Flávio Gikovate escolheu o tema Mudar para seu último livro, da MG Editores. Ao propor caminhos para a transformação verdadeira, o autor mostra como a biologia, a cultura e a personalidade moldam o indivíduo e revela dificuldades no processo de mudança, como suportar a dor das perdas imediatas para gozar de benefícios a longo prazo. O grupo de reflexões do IDEAC está estudando o livro e por isso abrimos alguns pontos importantes desse tema em nosso blog e face.

Em depoimento no projeto Café Filosófico, o psiquiatra falou sobre vários pontos do seu livro, abordando principalmente a dificuldade das mudanças a partir dos nossos medos, fobias e dificuldades. Os detalhes de como cada um de nós gostaria de ser, dependem do modo de pensar de cada um. Segundo ele, a maturidade acontece quando a pessoa se torna senhor de si mesmo.

Acompanhe um trecho:
“Como nós nos transformamos em nós mesmos? Tudo pode influir no processo de nos tornarmos nós mesmos. Quando não gostamos de algo em nós e queremos mudar, deixar de ser e de agir de determinada forma, buscando outro modelo e outras posturas, não estamos diante de uma empreitada fácil e simplória. Em muitos casos, é interessante recorrer à ajuda profissional específica. O que mudar? As pessoas querem mudar o que não dá para mudar. Basicamente para  querer mudar tem que ser um querer genuíno. Um cônjuge mudar o outro nunca funcionou. Eu tenho que me esforçar para mudar a mim mesmo em hábitos nocivos, por exemplo, como ter controle sobre a ingestão de alimentos. Temos pessoas portadoras de fobias como medo de avião, de cachorro, de avião, de lugar escuro, de espaços públicos. Esses medos irracionais, de situações que em si não são perigosas geram limitações e fazem sofrer,são modificáveis. Existem outras coisas que, além de gerar sofrimento, aliviam algum tipo de desconforto, são chamadas a compulsões, hábitos que repetitivos e nem um pouco inteligentes mas cuja repetição provocam determinado alívio, como roer unha, que alivia a ansiedade, mas é um hábito autodestrutivo. Outras compulsões são as de natureza de automutilação como arrancar fios do cabelo como alívio da ansiedade. Ou quem faz feridas na pele. São mais difíceis de mudar porque tem um ganho secundário que é o alívio da ansiedade. Os vícios como as drogas lícitas que funcionam como momentâneas sensações de bem-estar. É preciso uma determinação terrível para a pessoa se livrar deles. Também é difícil uma pessoa egoísta se livrar disso, apesar de que na realidade pode ser alguma coisa que lá na frente seja prejudicial, mesmo que aparentemente ela leve vantagem.

Confira a íntegra no Café Filosófico:
https://www.youtube.com/watch?v=bA_AQ04b1c8&feature=youtu.be


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456088-Curso-de-informática-para-Melhor-Idade-Senac-1
Já passou pela sua cabeça a necessidade de se preparar para a velhice ou mesmo compreender melhor pessoas que estão na maturidade com as quais você convive e trabalha? Na maturidade, em geral o que se enfatiza são as perdas e os consequentes sentimentos de tristeza, surpresa, incompetência, improdutividade. A psicologia do envelhecimento possui elementos que podem ajudar a viver melhor essa fase sem focar somente em perdas e descobrir novas paisagens ao longo da vida e descobrir uma nova identidade respondendo à pergunta: quem sou eu hoje? No site do Ideac há um teaser gratuito e um vídeo pago sobre esse tema da maturidade e perdas com os psicólogos Maria Celia de Abreu, Ézio Okamura. No site http://www.ideac.com.br você também encontra vídeos interessantes sobre ginástica facial, maturidade e identidade, musculatura pélvica e universo virtual. Acesse!


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idoso

Hoje queremos compartilhar com nossos seguidores o tema do perigo das quedas e da necessidade de preveni-las, especialmente em idades mais avançadas. Ficamos ainda mais alertas para esse tema depois de ler o capítulo 1 do livro Viver Muito, do jornalista Jorge Félix (“O que a bengala tem a ver com a economia?”). Então nossa dica vai para a nova edição do Manual de Prevenção de Quedas lançada pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) para aumentar a segurança e evitar acidentes no cotidiano.Entre os conselhos, estão utilizar tapetes antiderrapantes na casa, usar sapatos com solado de borracha ou manter um abajur ou interruptor de luz ao lado da cama para facilitar levantar-se no escuro durante a noite, atitudes simples que fazem a diferença na segurança. Segundo o manual, alterações fisiológicas, como diminuição da visão e da audição; doenças como osteoporose e labirintite e questões relacionadas ao ambiente podem colaborar para o aumento no número de quedas. Os especialistas dizem que é importante que a família, os cuidadores e os profissionais da saúde reconheçam que a prevenção de quedas é um fator importante para a recuperação da saúde. O Manual de Prevenção de Quedas, elaborado pelo Núcleo de Segurança do Paciente e Programa Integral, reúne informações para promover uma maior qualidade de vida ao idoso e está disponível no site do Iamspe:http://www.iamspe.sp.gov.br/images/cartilhas/Manual%20Quedas-novo.pdf


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foto Jader Andrade

A palavra estresse ficou definitivamente incorporada ao nosso cotidiano. Cansaço, tristeza, agressividade, insônia, dores, palpitações, problemas de pele e tantos outros sintomas estão ligados à doença. Em uma sociedade onde a criança ri de 70 a 300 vezes por dia e um adulto ri cinco vezes por dia, algo realmente está acontecendo. No livro “Stress a seu favor” (Editora Ágora), Susan Andrews, doutora em Psicologia Transpessoal pela Universidade de Greenwich (EUA) dá algumas dicas para reduzir o estresse. Vamos a elas: acorde alguns minutos mais cedo e pratique sua rotina diária, seja respiração diafragmática, exercícios, massagens, relaxamento ou meditação; prepare-se para o dia seguinte na noite anterior, fazendo uma lista das coisas que precisa fazer; não dependa só da memória, use a agenda para os encontros marcados, pagamentos de contas etc; deixe 15 minutos a uma hora de tempo extra para chegar aos encontros; esteja preparado para esperar levando sempre um livro ou outra coisa para fazer evitando a espera estressante; organize-se e deixe seu quarto e local de trabalho em ordem para saber onde estão as coisas; aprenda a dizer não; mantenha um período do dia em silêncio para introspecção e meditação; faça breves pausas durante o dia; faça amizades com pessoas despreocupadas e pacientes; confira sua respiração durante o dia e quando perceber que seus músculos estomacais estão presos relaxe e faça respirações diafragmáticas; cuide da sua dieta, eliminando a quantidade de cafeína, açúcar branco e gordura animal; todos os dias faça algo que realmente ama fazer e acrescente um pouco de amor em tudo o que faz; tenha uma atitude de misericórdia em relação às pessoas, pense positivamente  para cada coisa que dá errado porque há provavelmente de 50 a 100 bênçãos. Conte-as!