IDEAC Instituto para o Desenvolvimento Educacional, Artístico e Científico


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O Ideac resolveu abrir espaço no blog e no face para mostrar como as pessoas estão encarando a passagem do tempo. Começamos com o depoimento do psicoterapeuta e escritor Flávio Gikovate. Hoje nosso convidado é o ator Marcelo Médici. E aguardem que muitos outros depoimentos interessantes virão.

Maria Celia de Abreu, coordenadora

Quais emoções a velhice lhe causa?

“Não posso mentir que seja assustador. Lembro que ontem, aos 20 anos, eu achava que uma pessoa com 32, fosse alguém bem mais velho, com obrigação de ser bem-sucedido, resolvido, seguro e feliz. Sendo ator, vejo personagens que já não poderei mais interpretar, os primeiros fios de cabelos brancos e as noitadas que não deixam mais os dias seguintes serem iguais. Mas pela convivência com minha mãe (que me teve aos 40 anos) e com e minha avó, vejo como as prioridades mudam de prateleiras. O tempo começa a passar mais rápido e as importâncias sobre tudo, ficam mais claras. Deve ser isso a maturidade. E a sensação sobre isso, é de alívio.”

Marcelo Médici, ator


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A psicóloga Maria Celia de Abreu, coordenadora do Ideac, participou de uma longa entrevista no Jornal Gente da Rádio Bandeirantes, conversando com os jornalistas Salomão Ésper, Rafael Colombo e José Paulo de Andrade (ordem na foto), sobre vários temas ligados à maturidade. Inicialmente Maria Celia respondeu a pergunta sobre idade cronológica e destacou as diferenças individuais. Exemplificou com o cenário de um berçário, onde os bebês acabaram de nascer e já são diferentes; vão se transformando pela vida de acordo com as suas experiências, e quando chegam na maturidade as diferenças individuais são naturalmente enormes. Lembrando que as pesquisas da ciência da Psicologia sobre o envelhecimento são relativamente recentes, pois só se intensificaram a partir da metade do século passado, ela disse que gosta muito da proposta de que em cada etapa da vida se tem uma tarefa psicológica a ser cumprida. “A criança precisa aprender a confiar, o adolescente a buscar sua identidade e descobrir quem ele é, o adulto jovem aprende a conviver com outra pessoa e dividir a vida. E qual a tarefa do adulto maduro? É devolver para o mundo coisas que amealhou nas fases anteriores. O adulto jovem, por exemplo, se firma profissionalmente, forma amizades, ocupa um lugar na sociedade e na família, junta bens materiais. Cabe ao idoso, desde que se tenha as necessidades básicas supridas, colher os frutos do que plantou e devolver para a sociedade o que dela recebeu; é tempo para aconselhar, dar consultoria, fazer trabalhos voluntários, orientar, ouvir, oferecer bolsas de estudo”… Dra. Maria Celia acha um privilégio o ser humano ter a capacidade da resiliência. Na maturidade o importante é ter flexibilidade, é não ser rígido. É preciso compreender que cada fase tem suas características, sem julgamentos de valor de qual será a melhor; é como se fosse um nova paisagem que se descortina diante da estrada da vida. Outro fator que facilita muito a boa qualidade de vida é ser ativo, é ir em busca de tudo aquilo que puder aproveitar para viver melhor esse momento. Sem rigidez e sem passividade, com adaptabilidade e com ação, a velhice pode ser uma fase muito prazerosa e ocasião para profundo crescimento pessoal.

Confira a íntegra da entrevista


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A psicóloga Maria Celia de Abreu, coordenadora do IDEAC, falou sobre as perdas da maturidade e a busca por novas paisagens e novos objetivos no programa “O melhor para a melhor idade”, com o apresentador Lucas Neto e produção de Isaías Mauro. O programa da Rádio Trianon (AM 740) é apresentado diariamente, ao vivo, das 11 ao meio dia, e traz especialistas de diversas áreas para falar sobre a maturidade. Maria Celia começou sua entrevista cumprimentando a Trianon e sua equipe pelo pioneirismo de ter um programa de rádio voltado para as pessoas mais velhas. Segundo ela, a terceira idade é uma força social grande, mas ainda as pessoas ainda não se conscientizaram dessa realidade. Entre tantos assuntos abordados durante o programa, Maria Celia falou sobre o preconceito: “Quando se fala em envelhecimento, a gente encontra muito preconceito na sociedade e também em cada um de nós. Ser velho é uma pergunta difícil de responder. Um esportista de 30 anos é velho? Um de 40 é velhíssimo? Pode ser que sim, somos um todo, não dá para separar. Para algumas atividades é o corpo que conta mais, para outras é a cabeça. Um professor de universidade de 40 anos é moço, mas um jogador de futebol nessa idade já está deixando a profissão”.

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Outra colocação da psicóloga foi sobre a imagem consolidada entre nós que mostra a passagem do tempo como se as pessoas nascessem no pé da montanha e vão subindo e adquirindo coisas. De repente, é hora de descer e a pessoa vai perdendo coisas pelo caminho”. Para ela, essa imagem é péssima, prejudicial e errada. E conta qual é a imagem que prefere: “A vida é como um caminho sem volta, que você tem que seguir, mas nessa estrada você vai percorrendo paisagens diferentes. Quem disse que toda infância é feliz ou que toda velhice é solitária? Não é assim, cada um tem uma história diferente e o segredo, me parece, é reconhecer em que paisagem nossa vida está, se adaptar a ela e adquirir novas ferramentas e atividades para viver nesta nova situação. Aí entra a necessidade de ser flexível e não ficar grudado na fase de vida anterior.”

Para ouvir a entrevista completa acesse o site http://www.ideac.com.br (atividades/IDEAC na mídia)


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Aos 84 anos de idade, Clint Eastwood ainda atua como ator, diretor, produtor músico e até faz algumas participações em política. Com ele nos emocionamos em inúmeros filmes, mas um especialmente tocou muitas pessoas que não consideravam mais a possibilidade de se apaixonar com a passagem dos anos: As Pontes de Madison. Em entrevista esta semana para o jornal El País (está na Espanha para o lançamento do filme Jersey Boys: em busca da música, ele revelou como mantém a vitalidade e o interesse pela vida: “O meu segredo é me manter ocupado, não deixo entrar o velho em casa. Se você parar de viver olhando para frente não há mais nada para olhar para trás e isso é ser nostálgico”.

Para quem quiser conferir a íntegra da entrevista em espanhol, segue o link:
http://cultura.elpais.com/cultura/2014/09/03/actualidad/1409764933_619857.html